Rio Carapá agoniza pedindo socorro; e a comunidade colidense sofre com o racionamento de água

Socorro autoridades competentes, rio Carapá está em coma!
Há vários anos veículos de comunicação locais vêm alertando as autoridades competentes para a realidade catastrófica do rio Carapá, rio imprescindível para a vida dos colidenses, sendo dele que vem, ou vinha a água que abastece a cidade de Colider. Mas a cada ano que passa Carapá vem sendo mais e mais engolido pelo descaso, pelo abandono, pela falta de consciência da parte de muitos, principalmente daqueles que usufruem da água para vendê-la a alto custo à comunidade, e esquecem de cumprir com o seu dever de zelar pela vida do rio, que todos os anos na época da seca agoniza pedindo socorro, sendo poucos os pontos que ainda possui água em seu leito, na maior parte está seco, tomada por entulhos diversos, não apenas os naturais como a areia, árvores, mas também pelo acúmulo de utensílios domésticos como TV, sofá, armário, galões, plásticos, etc.
A cena é de muita tristeza, revolta, principalmente quando se percebe que no intuito de atender, em parte, a reclamação da comunidade que nesta época do ano padece com o racionamento de agua, a empresa responsável pelo serviço de abastecimento na cidade faz bloqueio em pontos do rio impedindo com represas a passagem da água, causando seca em muitos pontos do rio, e automaticamente matando os peixes. E não sendo as barreiras suficiente para atender a demanda de água, devido a escassez de água no rio, a empresa passou a bombear água de poços provenientes de garimpos, podendo com isso estar colocando em risco a vida da comunidade por fazer uso de agua contaminada com mercúrio, metal nocivo à saúde utilizado nas atividades garimpeiras.
Há aproximadamente um ano, um grupo de colidenses, formado por profissionais das mais diversas áreas, preocupados com a referida realidade do rio, tomaram a iniciativa de criar uma Associação Ambiental visando unir forças junto à comunidade, conclamar os seguimentos organizados, autoridades municipais no sentido de buscar solução que venha mudar a realidade do rio, levando a sua revitalização por meio do reflorestamento das suas nascentes e de áreas devastadas que margeiam o rio, bem como com ações que promova o desassoreamento, livrando o rio do acúmulo de lixo, entulho e outros detritos, enfim promover a educação ambiental, despertar a empresa responsável pelo serviço de abastecimento de água para o cumprimento do seu dever de zelar do rio, e bem assim conscientizar a comunidade para a necessidade urgente de salvar a vida do rio Carapá que agoniza no leito da morte.
Mas, infelizmente, três meses depois de criada a Associação Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Carapá(Carapá Vivo), não apenas Colider, mas o mundo parou devido a tal pandemia coronavírus, e Carapá Vivo que conta com excelentes projetos a curto e longo prazos em prol a recuperação do Carapá, precisou frear os seus passos, teve suas atividades quase que paralisadas, causando sofrimentos em seus membros que sabem da urgente necessidade de providências que devolva a vida do rio.
E retornando nos últimos fins de semana com as suas ações que levam a restauração do rio Carapá, verificando in loco a realidade do mesmo, membros da Carapá Vivo ficaram ainda mais estarrecidos, revoltados com a cenas com as quais depararam, como nas proximidades da ponte que dá acesso a Comunidade Saltinho, onde a empresa responsável pelo serviço de abastecimento de água da cidade vem explorando os poços de garimpo no bombeamento de agua para a estação de tratamento; o rio quase que totalmente morto, os poucos peixes existentes alguns agonizando nos minguados pontos de agua, suja, fétida, e outros estorricados no ressicado leito do rio, sobre o qual se caminha quilômetros sem deparar com uma gota se quer de água.
Diante a caótica situação, (veja VÍDEO), o Biólogo Heverton Aparecido Tiburski, assim como o Gestor Ambiental Paulo Ricardo Gomes, ambos membros da Carapá Vivo, veem como primeiro passo a análise junto a Sema de todas as licenças concedidas a empresa responsável pelo serviço de abastecimento de água em Colider, desde o ano de 2006 até o presente momento, afim de contrastar com instalações (barragens) encontradas interrompendo o fluxo de água, o que vem provocando seca em muitos pontos do rio. E, bem assim, Carapá Vivo estará analisando a emissão de outorga do uso de águas de poços provenientes de garimpos, nos quais a concessionária está fazendo a captação de água, e a não existência dos referidos documentos, poderá a empresa responder pelas infrações.
Por outro lado, Carapá Vivo projeta a realização de um “DIA DE LIMPEZA” antes que inicia o período chuvoso, retirando do rio lixos domésticos, para isso buscará parceria junto à comunidade.

Da Assessoria Carapá Vivo